quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Reflexão: Como Você Evolui?

Salvador Dalí. Geopoliticus Child Watching the Birth of the New Man, 1943. Salvador Dalí Museum, Saint Petersburg , Florida

Durante muito tempo tomamos emprestado do darwinismo os sentidos da palavra evolução. Assim, evolução acabou ganhando um aspecto de positividade, algo que todos adoram quando acontece em sua vida. Ao lado desse conceito, outro do mesmo pacote também costuma ser bem citado, o da mutação, como condição para a evolução. 

Bom, ao contrário do senso comum, a evolução é um processo seletivo por melhor adaptação às condições impostas pelo meio. Há que aplique o mesmo princípio para a vida em sociedade, em especial, nas ideias de meritocracia, concorrência e competição. Entretanto, se considerarmos na vida que, para evoluir, temos que apenas melhor nos adaptarmos, podemos estar prestes a cometer um grande erro.

Quando apenas nos adaptamos a alguma coisa, delegamos a ela o controle dos sentidos do nosso viver. Isso vale para entidades abstratas como o mercado ou mesmo a pessoas reais, de carne e osso. Adaptar é tomar a realidade não como contingência mas como condição. Assim, vamos desenvolvendo estratégias de permanência, sobrevivência e isso é contrário ao que nos fez ter tanto sucesso enquanto espécie: nós rompemos o universo da necessidade imediata pelo trabalho criativo, que constrói tanto o que precisamos quanto a nós mesmos.

Creio que a palavra resiliência dá um melhor sentido para a adaptação quando usada para definir um processo evolutivo das pessoas, no sentido social é claro.  A resiliência é uma adaptação complexa e nos mantém íntegros em meio ás piores tempestades. A diferença é que por meio dela nós atravessamos o mar revolto pela certeza íntima e pela construção diária e paciente de um porto seguro mais adiante. Assim, ao invés de meramente "deixar a vida te levar", e considerar que a realidade é um fato consumado, algumas dicas:

Faça uma leitura do ambiente!  Procure entender como a realidade se apresenta, por quê as coisas estão do modo que estão e como isso afeta direta e indiretamente a sua vida. É o primeiro passo para qualquer planejamento.

Controle as suas reações! Respostas emocionais a tudo as vezes nos levam ao isolamento e à frustração. Claro que nos queixamos e nos lamentamos por situações desagradáveis mas dar a essas práticas um espaço excessivo pode depositar apenas nos outros a solução dos nossos problemas.

Os outros existem! E precisamos vivenciar não apenas a nossa dor ou as nossas impressões mas desenvolver a empatia, que nada mais é do que sentir o que o outro sente. Isso nos dá uma dupla dimensão, a de que não estamos sós e que outras pessoas podem atuar de modo colaborativo para o surgimento de uma melhora possível e abrangente. Faça vínculos!!!

Tenha esperança! Otimismo é essencial. Não aquele ingênuo que espera que tudo se resolverá por si mesmo. É a crença firme de que qualquer mudança é possível. Se não for do jeito que esperamos, certamente será de um jeito que nos fará avançar para uma melhor posição, de onde poderemos olhar ainda mais adiante.

Não tenha medo! Qual o problema em cometer erros? Para isso é necessário saber de onde estamos partindo e para onde queremos chegar. Assim, o máximo que pode acontecer é buscarmos novas rotas. Mantenha-se me movimento!!!

E aí? Preparado para evoluir?

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